Federação Brasileira de Karatê
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Goju-Ryu, Shotokan, Shito-Ryu, Wado-Ryu, Shorin-Ryu.

As diferenças entre os estilos são baseados nos locais de origem. O karatê-Dô se desenvolveu em três locais diferentes de Okinawa: Haviam três principais núcleos de Te (mãos) em Okinawa, estes núcleos eram as cidades de Shuri , Tomari e Naha. Conseqüentemente os três estilos básicos antes de receberem os nomes acima mencionados tornaram-se conhecidos como: A capital Shuri, surgiu o Shuri-te (mão do sul) sistema de luta que valorizava a velocidade. A cidade portuária de Tomari , surgiu o Tomari-te (mão do centro) sistema de luta que na verdade era uma fusão dos estilos de Shuri e Naha. A cidade comercial de Naha , surgiu o Naha-te (mão do norte) sistema de luta que dava ênfase a força , deu origem ao estilo Goju-Ryu de Karate. Shuri-te e Tomari-te deram origem aos estilos, Shotokan, Shito-Ryu e Wado-Ryu.

Goju-Ryu:

O estilo Goju-Ryu, cujo nome advém de Go (força) , Ju (flexibilidade) foi fundado pelo Mestre Chojum Miyagi. É uma técnica que prima pelo Bloqueio para dar mais rapidez ao ataque. É uma técnica penosa, dura e verdadeira. Nessa escola caracteriza-se uma respiração "Kokyu" abdominal sonora.

Shotokan:

Fundado pelo Mestre Gichin Funakoshi , Shotokan, significa "Academia de Shoto". Shoto em japonês significa Pinheiro - pseudônimo artístico que o mestre Funakoshi assinava seus poemas. O estilo Shotokan é ideal para longa distância, por ser uma técnica longa e ao mesmo tempo rápida.

Shito-Ryu:

O estilo Shito-Ryu criado por Kenwa Mabuni é caracterizado por uma grande riqueza de formas (katas) e é uma fusão das características Naha-te e Shuri-te. A palavra Shito vem dos caracteres japoneses que escrevia o nome de seus professores "Shi" representa o primeiro kanji do nome de Itosu e "To" representa o primeiro Kanji do nome de Higaona, enquanto "ryu" significa escola ou estilo.

Wado-Ryu:

O estilo Wado-Ryu (Estilo do caminho da paz), foi criado pelo Mestre Hironori Otsuka e se difere dos demais estilos por usar o mínimo de esforço. É baseado em princípios físicos e fisiológicos, utilizando esquivas, bases mais altas e nomenclatura própria e original desde a sua criação e técnicas peculiares do próprio estilo.

Sorin-Ryu:

Seus preceitos incluem respeito, cortesia, paz, fraternidade, dedicação, harmonia, justiça, união, humildade, paciência, otimismo, bom-senso, prudência, controle da violência e disciplina.

Efeitos imediatos são elasticidade, reflexo,auto-confiança, controle do stress, bem-estar, sensibilidade, percepção, intuição, criatividade e segurança pessoal.

Os treinamentos incluem preparo físico-mental-espiritual-emocional-social, defesa-pessoal, armas antigas e meditação com aulas criteriosas para todos níveis e idades, masculino e feminino, sem contato total, uma infinidade de técnicas de mão, dedos, pulso, cotovelo e braços, pés, joelho e pernas, cabeça, quedas, torções e imobilizações, com orientação educacional legal e comportamental.

O estilo Shorin de Karatê nasceu na Ilha de Okinawa (na época território independente - hoje um Estado do Japão). Antigamente denominava-se Shuri-Te. Antes de ser denominado Shuri-Te, era conhecido como Okinawa-Te; antes disto como Ti, Te, ou To-De (prática nativa local).

A linhagem original do Shorin inicia-se com Choshin Chibana, seguido por Katsuya Miyahira, e Yoshihide Shinzato, todos 10° Dan.

Gichin Funakoshi foi o homem certo que, no lugar e na época certa, deu ao karatê de Okinawa o impulso de que este precisava para uma expansão que não conheceria mais fronteiras. Precursor da chegada de outros experts Okinawenses ao Japão, o chamado "Pai do Karatê Moderno" trabalhou movido por uma energia feroz a fim de desenvolver a arte de seu solo natal em terras nipônicas e torná-la aceita pelos orgulhosos japoneses.

Embora de porte físico pequeno(1,67m. para 65 kg) Funakoshi soube impor-se por incomum energia, força mental e coragem ilimitada, aspectos que alia natural benevolência, distinção de maneiras e ímpar gentileza no trato a todos. Para muitos de seus contemporâneos, Funakoshi era "mais que humano" um "tatsujin" (indivíduo fora do comum).

Quando surgiu, pela primeira vez, aos olhos do público japonês com sua habitual humildade, quase como se desculpando por lá estar, na grande festa dos esportes organizada em maio de 1922 em Tóquio, para cumprir com a demonstração de Karatê incluída de última hora em um programa de disciplinas, Funakoshi era um homem que passava os 50 anos e não correspondia, fisicamente, em nada, ao mito do "budoka terrível" que o Japão procurava fazer sobreviver, numa época em que a nação atirava-se a uma frenética ocidentalização iniciada em 1868 com a era Meiji.

Funakoshi soube como seduzir o público Japonês: não demonstrou apenas Katas e formas de base, foi além, entusiasmou os assistentes colocando a eficácia em estreita relação com as técnicas cientificamente demonstradas - pela ação e pelas explicações claras e lógicas, numa linguagem que convinha ao Japão ouvir, ansioso por modernidade.

Essa espetacular iniciativa de mudança que marca a ruptura com a influência chinesa (não mais evocada) e liga a arte à filosofia budista ("vazio" se refere ao vazio do espírito, à não-mente, ao "mu-shin" ou "sunyata" em sânscrito) é atribuída, por algumas fontes, ao mestre Okinawense Chomo Hanagi, a partir de 1906.

É importante lembrar que o budismo nunca desfrutou, na ilha de Okinawa, da popularidade que teve em outros lugares, quando Gishin Funakoshi, se atribui esta mesma iniciativa, em 1929(versão admitida pelos historiadores em geral), ele chama seu método de "Daí Nippon Kempo Kara-te Do" (ou seja, "método dos punhos e via das mãos vazias do grande japão" e levanta assim uma onda de protestos entre os mestres que haviam ficado em Okinawa.

Japan Karatê Association introduziu o ju-kumitê no treinamento clássico a partir de 1951 e acabou por se tornar uma organização cada vez mais comercial, ambicionando uma projeção mundial graças a seus experts que se revelaram realmente dinâmicos e tecnicamente convincentes. A unidade da organização quebrou-se já quando Funakoshi ainda era vivo, pois em 1954, o próprio Obata partia para seguir seu próprio caminho, e depois outros mais.

Em 1958 desenrolou-se o primeiro Shiai oficial, vencido por Hirokazu Kanazawa. Mas Gishin Funakoshi não pode mais ver isso: morreu em 26 de abril de 1957, aos 88 anos. Consta que, em seus últimos dias, no leito de morte, fez ainda alguns movimentos com os braços, dizendo que começava a sentir "o tsuki" (golpe de punho). Conta-se entretanto tantas coisas que não podem mais ser constatadas e nem ao menos corretamente interpretadas.

A morte de Funakoshi, depois de mais de 10 anos nos quais deixara a responsabilidade técnica do ensino relegada a outros, colocaram-no definitivamente no rol das figuras lendárias. Sua lembrança não pode mais ser diluída, nem mesmo por aqueles que não lhe compartilhavam o ensino.

"Estilo Funakoshi" sempre fora "formar o homem, mais do que o guerreiro". o velho mestre tinha o costume de perguntar: "Qual a utilidade de um homem forte, mas sem filosofia?".

A essência de sua abordagem a "arte da mão vazia" esteja talvez contida nestas duas sentenças:

A sensível e progressiva transformação de Karate-jitsu em Karate-do, pelas mãos de Gishin Funakoshi não foi, entretanto, obra de um único homem e sim resultado de todo um processo decorrente da Era Meiji, a partir de 1868.

A mudança não fora tão evidente e foi preciso tempo para se impor.

Sem dúvida, a decisão de Funakoshi, que se justificou através de uma longa troca de cartas, com os antigos mestres, que continuavam em Okinawa, tinha o mérito de se revestir de extrema diplomacia face aos japoneses. Dando à "kara" um novo sentido, ocultando sua origem chinesa. Funakoshi agrada.


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